Em quanto tempo uma pessoa normal conseguiria ler o manual completo do Motorola V3.
Bom, são 100 páginas. Horas com certeza. Talvez dias ao depender do quão normal for a pessoa.
Porém, e se o V3 também foi o objeto de desejo da sua mocidade e tudo que você deseja saber é como colocar a foto daquela viagem no plano de fundo?
Naqueles anos a tecnologia mobile ainda estava se popularizando, muitos não sabiam como fazer essa alteração, mas, puts: 100 páginas?!
Não Gil! É só ir até a página 41 e resolver seu problema em um minuto...
Você tem razão! Essa descoberta pode ser rápida quando direcionada a um uso específico, e ao agir assim você não apenas pode trocar a foto de fundo do seu celular, como também, de brinde, adicionar uma habilidade de leitura extremamente útil e poderosa ao seu hall de capacidades.
Saber como extrair função dos livros é um tipo de habilidade quase obrigatória nos dias atuais levando em consideração a quantidade de dados e interesses que se apresentam diante de nós.
Me tornei consciente dessa necessidade ao iniciar os estudos no campo da PNL, dando de cara com livros e livros e mais livros, além de apostilas e artigos. Percebi que por maior que fosse minha força de vontade seria impossível aprender modelagem através de livros lendo do modo como eu lia; o objetivo e minha capacidade estavam desnivelados radicalmente, e o objetivo estava se tornando um problema.
Eis que, resumidamente, utilizei o pouco que sabia sobre Modelagem de Habilidades para absorver capacidades do universo da leitura veloz, pois me parecia um tipo de meta habilidade que iria proporcionar ganhos sobre qualquer matéria de estudo. Do Advanced Learning pude modelar a leitura veloz do renomado Wyatt Woodsmall e do empreendedor no desenvolvimento pessoal Eben Pagan. Somado a isso, absorvi um pouco dos movimentos oculares comum à leitura dinâmica, e a fotoleitura proporcionou o estado emocional que irá conhecer a fundo nessa exposição.
Quando modelamos a mesma habilidade por fontes (exemplares) distintos, obtemos um ?Modelo Genérico?. A habilidade de extrair função dos livros já foi testada por milhares de pessoas em outros formatos através de um processo anterior chamado por Leitura Acelerada, porém, aqui, você terá um refinamento da estrutura que de modo autônomo se aprimorou dentro de mim e só percebi meses atrás ao realizar uma auto modelagem através do Short Modeling.
E aí, vamos explorar?
Alguns podem achar curioso uma habilidade para livros não ser descrita como ?leitura?. Leitura acelerada, veloz, The Flash dos livros?
Chamar assim não estaria errado, mas ficaria faltando precisão ao descrever a experiência real da habilidade que vai conhecer agora.
Ao longo do tempo pude perceber a distinção entre o ato externo de ler (que é sempre mais ou menos o mesmo), e atitudes diante de um texto ou livro, que são diversas.
Se uma placa instrui onde virar, um panfleto informa sobre o novo prédio em construção, ou se Otelo e Desdêmona passam agora a existir em nosso mundo, podemos dizer que tudo isso nos chegou através de um texto, e a forma de inteligir um texto é comunicada pelo termo genérico leitura. Placas, panfletos, livros, artigos, mensagens escritas no whatsapp, são todos textos; símbolos gráficos organizados de tal forma a comunicar uma mensagem; ao ato de receber essa mensagem chamamos de leitura.
Porém, qual a diferença entre ler uma placa, um panfleto, um livro ou uma mensagem? Sendo que todas essas fontes de comunicação estão expressas no mesmo tipo (textos). A diferença está na atitude daquele que a lê.
A atitude do leitor será influenciada não somente pela fonte do texto, mas também pela intenção do mesmo. Uma placa possui uma intenção distinta de um livro, um livro de ficção possui uma intenção distinta quando comparado a um livro de filosofia.
Cada texto possui então sua fonte e sua intenção de existir, esses dois elementos são externos a nós enquanto leitores. As placas já estão lá, os livros também e etc... entre você e o texto aparece então algo que chamei por atitude, podendo ser essa passiva ? como recomenda o Prof. Olavo em livros de ficção-, ser mais ou menos ativa ? passeando no shopping olhando cardápios com pouca fome antes de escolher onde comer-, ou ser mais ativa ainda ? quando atrasado e lê a placa que diz ?retorno vire a esquerda?.
A atitude exige habilidades.
É a habilidade que fará então o link entre o texto do mundo real e a necessidade apresentada através da sua atitude interna, não sendo então a habilidade apenas interna, nem apenas externa, mas um poder pessoal de fazer algo com determinado sucesso.
Todos nós possuímos perguntas cuja resposta alguém já sabe, e essas pessoas costumam escrever livros. Nem sempre a leitura deve ser lenta e vagarosa, nem sempre queremos todos detalhes sobre o olhar de Capitu, ou o que diz o diálogo de Platão, ou por qual motivo a volta ao mundo levou 80 dias. As vezes tudo que precisamos é uma informação, uma ordem, instrução, citação. Algo que uma linha, as vezes uma única palavra nos basta.
O sucesso que desejamos aqui é para quando aparece esse tipo de necessidade; objetiva e direta de retirar algo do texto seja por uma dúvida, um uso profissional, ou um tipo de desenvolvimento que você não possui, mas o livro sim. Nesse tipo de contexto não basta apenas ler as palavras, mas sim extrair suas funções. De preferência com extrema velocidade.
Extrair função dos livros é uma habilidade que acontece em modo ativo, onde você, por assim dizer, usa o livro para atender à uma necessidade específica como veremos em detalhes na estratégia de execução.
Como percebemos, existem vários tipos de leituras, que inclusive podem se intercalar no mesmo ato de ler. Entretenimento, estudo aprofundado de um tema, se inteirar da situação econômica, etc. Dentre os vários tipos de leituras, existem aquelas que são práticas o que significa retirar do texto uma resposta para dúvidas e necessidades que você tenha, quando extraímos função de um livro, estamos exatamente no contexto de uma leitura com objetivo bem definido, uma leitura prática.
Podemos agir assim, pois habilidades são poderes individuais, e ter um poder é ser capaz de se sobrepor à situações do mundo externo, objetos inclusos. Um livro é um objeto.
Para tanto, o foco central dessa habilidade é regulado por um critério que de fato vê livros como objetivos que são.
É incrível o fato de que muitas pessoas são amedrontadas por um objeto retangular que pesa algumas poucas gramas; não o abrem apesar de quererem muito saber o que se passa ali dentro.
Então, para ter um foco que te permita ver livros como objetos passe a colocar seu foco em pegar o que eu quero.
Pegar o que eu quero na posição de critério principal permite se utilizar dos livros.
Note que a experiência base desse critério é um tipo de escolha direcionada pela sua própria vontade (que será refinada no significado equivalente). Um exemplo de experiência como essa é aquele momento diante de um banquete onde no meio de várias opções, escolhesse apenas o que se quer, põe no prato, e segue para seu lugar.
Pegar o que você quer de um livro é se servir de um banquete de palavras.
Ao dizer ?o que eu (você) quer?, não queremos dizer um tipo de querer aleatório, como esses que se regulam por estados emocionais confusos. Pelo contrário, como a quantidade de resposta dentro de um livro chegam a milhares, o querer aqui deve ser bem direcionado por alguma necessidade que você possua para abrir esse livro.
Pegar o que eu quero então, significa experiencialmente tirar do texto a resposta que me é necessária.
Agora, a vontade se regula, por assim dizer, por alguma necessidade real que possua. Algo que precise saber, como veremos em detalhes ali na frente.
Observe que o significado equivalente começa a tornar a habilidade de extrair função dos livros, uma habilidade extremamente prática. Ou seja, uma habilidade de uso claro e específico.
? O significado deixa claro o tipo de experiência que deve ser buscada ao lidar com textos, seja em artigos, livros, panfletos ou manuais. A experiência base é a de extração. Como se dissesse você tem algo que eu quero, e eu posso pegar a hora que quiser!
Observe você, caro leitor, que é essa a intenção primária de muitos autores. Muitos deles escrevem um livro para fornecer uma resposta que encontraram sobre tal ou qual assunto. E a forma de oferecer essa resposta é através de um livro, que justamente por ser uma obra não pode vir com uma frase, mas sim com centenas de páginas. A resposta do autor então, está dispersa ao longo dessas páginas. Por vezes com exemplos, histórias, fundamentos lógicos... e a resposta propriamente dita.
Qual resposta?
Bom, isso vai depender de qual a sua pergunta.
A partir do momento que o foco central nos permite lidar com os livros como objetivos que de fato são, levando em conta o possível valor interno de cada um deles, há então liberdade o bastante para começar o processo de extração propriamente dito. Estamos livres para jogar o jogo das perguntas e respostas.
Como dissemos, existem inúmeras respostas dentro de cada livro. Elas estão ali dentro em algum lugar. A estratégia de execução é uma somatória entre processos mentais e ações externas, começamos pelo primeiro.
1. O que eu quero saber?
A formulação da pergunta está no primeiro passo da estratégia de execução, pois é aqui onde há uma espécie de transformação da necessidade em uma frase replicável.
Pela característica podemos chamar essa pergunta de direcionador mental. O nome diz tudo: queremos algo que direcione nossa mente, e a proteja de determinadas distrações possíveis enquanto a leitura acontece.
? Essa pergunta (direcionador mental) precisa ser clara o bastante ao ponto de poder ser repetida enquanto acontece a leitura.
Um exercício que gostamos de fazer é falar a pergunta em voz alta para você mesmo, e também escrevê-la em uma folha limpa.
Sabemos que o estado de necessidade pode ser externalizado de várias formas distintas; respondendo ?o que você quer saber?? terá assim criado um elo entre o estado interno e uma frase já atuando no mundo objetivo, o mundo onde o livro está.
2. Procurar o local da resposta.
Esse segundo passo é uma aproximação. Como existem inúmeras respostas dentro do livro, e a maior parte delas pode não ser do seu interesse nesse momento, será preciso delimitar locais possíveis onde pode estar aquilo que deseja saber.
Lembrando que não apenas esta habilidade é de extração, mas também de extração com máxima velocidade. E boa parte disso está em inteligir locais possíveis para sua resposta. Como o Superman.
Para salvar um gato preso em uma árvore na floresta amazônica, o Superman iniciaria de cima pra baixo, voando alto antes de descer. De cima abrange uma quantidade maior de locais possíveis, encontrando algo verossímil com o que procura, desce para averiguar de mais perto. É exatamente isso que fazemos neste segundo passo.
Faça uma leitura Superman:
-olhe a capa,
-o tipo de livro,
-orelha,
-informações relevantes e principalmente,
-o índice.
Essas partes expõem resumos do que há de encontrar dentro do livro, elas te economizam tempo.
3. Leitura acelerada.
Apenas agora focamos no comportamento de ler como tal, ainda aqui de forma acelerada. Isso significa que não será uma leitura tradicional, palavra por palavra, ou ler tudo que está no parágrafo, vamos ler com a finalidade de encontrar a resposta para a pergunta que você deseja saber.
Para que o foco se mantenha é importante sustentar sua pergunta enquanto percorre os locais possíveis da resposta. Existem muitas outras interessantes no livro, mas deverá ignorá-las para se manter na trilha do que busca saber.
? Nada impede que crie outras perguntas e depois volte à partes interessantes que precisou ignorar.
Um aspecto um tanto mágico desse terceiro passo e que tirei ao modelar praticantes de leitura dinâmica ? se bem me lembro ? é a submodalidade ocular.
O centro da página, o local onde seus olhos ?tocam? fica nítido, o redor fica embaçado como no efeito de blur. Não embaçado totalmente, apenas um pouco, dando destaque ao centro. Esse foco nítido engloba um espaço maior ou menor, no meu caso é do tamanho de um limão para a parte central.
Esse detalhe submodal está diretamente ligado ao estado emocional que o propicia. O último elemento da habilidade.
Da fotoleitura aproveitei pouco em termos práticos. Ao final, o objetivo dessa estratégia (leitura inconsciente) é contrário ao meu durante uma extração de função dos livros. Pouca coisa é modo de dizer, quando estamos modelando, uma única experiência muda tudo. E a experiência de hiper-foco relaxado permitiu que esse modelo ficasse completo.
Hiper foco é como andar em um carro em alta velocidade. No meu caso, a partir de 80km/h já me torno totalmente concentrado no fluxo da estrada. Onde mexer no celular ou coisas assim se tornam fora de vista. Hiper foco é a primeira perna da emoção energizante para habilidade de extrair função dos livros.
A segunda é o estado de relaxamento. Não é um relaxamento profundo, esse estado é como um ?sentar para descansar? e não um descansar propriamente dito. A combinação desses estados é o que você busca para dominar os livros que precisa tirar algo.
Perceba que o hiper-foco relaxado combina perfeitamente com as submodalidades explicadas mais acima. Hiper foco é a parte central da visão, e o relaxamento é seu entorno.
A habilidade que teve contato aqui, exposta em estrutura completa, é de facílima absorção pois a estratégia de execução indica a criação das outras experiências de referência supra expostas.
A absorção dessa habilidade pode então iniciar pela estratégia de execução, focando posteriormente nos outros elementos.
Como um mesmo livro tem muitas respostas, você pode treinar 10, 20 vezes extrair funções de um mesmo livro. A dinâmica externa seria: formular a pergunta, encontrar a resposta, formular nova pergunta, encontrar resposta e seguir enquanto o assunto for do seu interesse.
?Lembrando que a habilidade aqui exposta termina no momento em que encontrar a resposta para sua pergunta. Após isso, está a seu critério a escolha por descer e ler o texto, seja de modo formal ou através de alguma outra habilidade de leitura como a absorção imaginativa, por exemplo.
Fazendo isso, não terá apenas entendido a habilidade, mas principalmente: absorvido sua estrutura desde dentro.
Talvez vale saber que a habilidade de extrair função dos livros está gravada em uma aula completa e disponível como bônus do nosso método Modelagem Sistêmica.
Tudo de bom e keep modeling.